Tendências
9/8/2021

O seu delivery está preparado para ser sustentável?

Em 2019, Fernando de Noronha se tornou o primeiro território Plástico Zero do Brasil, com a implementação do Decreto Distrital 02/2018, que proíbe a entrada, uso e comercialização de descartáveis plásticos de uso único no arquipélago. Atualmente, ele está longe de ser o único. Desde 1º de janeiro de 2021, estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo estão proibidos de fornecer materiais plásticos descartáveis e, caso a Câmara de Deputados aprove o Projeto de Lei 4186/20, em análise na Casa, a comercialização e o uso de produtos plásticos de único uso ficarão proibidos em todo o país a partir de 2022. Pelo mundo, cerca de 130 países já aprovaram leis e restrições, incluindo aí taxas e impostos, sobre o comércio e a distribuição de produtos fabricados com plástico.

O mundo está disposto a vencer essa guerra contra o plástico, e quando analisamos os impactos ambientais gerados pelo material, é fácil entender o porquê. No caso do Brasil, somos o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11 milhões de toneladas produzidas por ano, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Índia, segundo o WWF. E desse total, apenas 1,28% é reciclado, bem abaixo do nível já preocupante de reciclagem mundial de plástico, que é de 9%. 

Apesar do aspecto de obrigação legal, empresas atentas ao mercado enxergam a possibilidade da abrangência nacional da Lei Plástico Zero não como uma imposição, mas uma oportunidade. Isso porque a sustentabilidade se tornou um valor inegociável para a maior parte dos consumidores atuais. Segundo o Sebrae, 87% da população brasileira prefere produtos e serviços de empresas sustentáveis.

E quando levamos em conta os deliveries, essa medida se torna ainda mais urgente, uma vez que eles têm uma participação considerável no consumo de plástico. É por isso que empresas que já pensam a substituição desses materiais por outros biodegradáveis saem na frente, de olho, inclusive, num crescimento de 25% nas vendas. Afinal, está claro que é um mito pensar que ideias e negócios sustentáveis não geram renda. 

E mais do que isso. Num planeta que sofre consequências severas com a quantidade de plástico que é descartada, especialmente nos mares, os clientes valorizam quem está empenhado em resolver essa situação alarmante porque fez disso um valor corporativo, e não porque uma lei obriga. Ou seja, a nova lei apenas regulamenta uma postura que já deveria ser adotada por toda empresa que se interessa pelo cliente e pelo meio ambiente. Daí a vantagem de se antecipar à mudança na legislação.

E, se o impacto ambiental ou a preferência do cliente ainda não forem motivos suficientes, vale lembrar que a Lei Plástico Zero trará impactos financeiros se não for cumprida. No caso da lei nacional, por exemplo, o descumprimento da medida implicará uma multa que poderá ir de R$ 400 a R$ 4 mil e a suspensão do alvará de funcionamento.

Aqui na Ingral todas as embalagens são fabricadas em papel cartão e papelão, a sustentabilidade é um dos valores da cadeia do papel e a força motriz para o desenvolvimentos de produtos amigos da natureza, afinal, todo papel utilizado no Brasil provém de florestas plantadas para este fim.

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